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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Crédito no Brasil: Febraban prevê crescimento de 8,5% em 2025

- Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta segunda-feira (17) uma projeção de crescimento de 8,5% para a carteira de crédito no Brasil em 2025. O resultado representa uma revisão para baixo em relação à estimativa anterior, que previa uma expansão de 9% no ano corrente. Em 2024, o crescimento do crédito foi de 10,9%, conforme dados do Banco Central.

Entre os principais fatores que podem impactar o crédito estão:

  • Taxa Selic: 76,2% dos executivos bancários consultados na pesquisa acreditam que a taxa de juros subirá acima de 14,25% em 2025.
  • Inflação: Para 47,6% dos entrevistados, a inflação deverá atingir 5,5%.
  • Câmbio: A expectativa é de desvalorização do real, com o dólar podendo chegar a R$ 5,95 até setembro.
  • PIB: Apesar do cenário adverso, 52,4% dos participantes projetam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 2% em 2025.

Impactos no mercado e no consumidor

Com a previsão de juros mais altos, o acesso ao crédito pode se tornar mais restrito para empresas e consumidores, impactando o consumo e o investimento produtivo. O desaquecimento do crédito também pode afetar setores como o imobiliário e o varejista, que dependem fortemente do financiamento para crescimento.

Por outro lado, a manutenção de um crescimento ainda positivo da carteira de crédito demonstra resiliência do sistema financeiro brasileiro, que segue operando com segurança e liquidez.

Com informações da Agência Brasil

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#Crédito #Economia #Febraban #Inflação #TaxaSelic #PIB #Bancos

sábado, 15 de fevereiro de 2025

Balanço do mercado de combustíveis em 2024: crescimento do etanol e estabilidade no diesel

- Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O mercado de combustíveis líquidos automotivos no Brasil movimentou 133,1 bilhões de litros em 2024, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O balanço foi apresentado durante o Seminário de Avaliação do Mercado de Combustíveis 2025 (ano base 2024), realizado no Rio de Janeiro. O evento, de formato híbrido, contou com a presença de agentes do setor e transmissão ao vivo.

Desempenho por tipo de combustível

Gasolina recua 4%, enquanto etanol cresce mais de 30%

A comercialização de gasolina C (misturada com etanol anidro) totalizou 44,19 bilhões de litros em 2024, representando uma redução de 4% em comparação ao ano anterior. Em contrapartida, o etanol hidratado teve um expressivo crescimento de 33,4%, atingindo 21,66 bilhões de litros vendidos. O aumento na procura pelo etanol pode estar relacionado a fatores como preços competitivos e políticas de incentivo ao uso de biocombustíveis.

Diesel mantém leve crescimento e biodiesel ganha espaço

O diesel B (misturado com biodiesel) manteve sua trajetória de crescimento, registrando 67,25 bilhões de litros comercializados, um aumento de 2,6% em relação a 2023. Esse avanço reflete o aumento da proporção de biodiesel no diesel fóssil, que passou de 12% para 14% ao longo do ano. O volume total de biodiesel vendido foi de 8,96 bilhões de litros, superando os 7,34 bilhões registrados no ano anterior.

Importações e produção nacional

A produção nacional de gasolina A (sem a adição de etanol) atendeu a 90% da demanda interna, enquanto os 10% restantes foram supridos por importações. No caso do diesel A (sem biodiesel), aproximadamente 25% das vendas dependeram de importações, demonstrando a relevância do mercado externo para o abastecimento nacional.

Gás de cozinha também registra crescimento

O gás liquefeito de petróleo (GLP), conhecido como gás de botijão, também apresentou expansão. Foram comercializados 7,57 milhões de metros cúbicos em 2024, o que representa um crescimento de 2,2% em relação ao ano anterior. As importações corresponderam a 25% desse volume, evidenciando a necessidade de complementação da oferta nacional.

Panorama do setor de abastecimento

Em 2024, o setor de abastecimento brasileiro contava com 131.278 agentes regulados pela ANP, distribuídos da seguinte forma:

  • 44.678 postos de combustíveis;
  • 58.283 revendas de GLP;
  • 384 distribuidores, incluindo combustíveis líquidos, GLP, combustíveis de aviação, solventes e asfaltos;
  • 152 produtores de lubrificantes.

Perspectivas para o mercado de combustíveis

O crescimento das vendas de biocombustíveis demonstra uma tendência de transição energética, impulsionada por políticas ambientais e avanços na tecnologia de produção. Especialistas apontam que a ampliação do uso de combustíveis renováveis pode reduzir a dependência do Brasil em relação às importações de derivados de petróleo.

Além disso, o avanço das fontes alternativas e a possível adoção de novas políticas de incentivo ao etanol e ao biodiesel podem redefinir o cenário do abastecimento nacional nos próximos anos.

Com informações da Agência Brasil

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#Combustíveis #Etanol #Gasolina #Diesel #Biodiesel #MercadoEnergético #TransiçãoEnergética #ANP

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

PIB do Brasil: Projeção para 2025 é revisada para 2,3%

- Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) divulgou, nesta quinta-feira (13), uma revisão na projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2025. A nova estimativa indica uma alta de 2,3%, abaixo da previsão anterior de 2,5% divulgada em novembro de 2024.

De acordo com a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal, a redução da projeção está associada a fatores como:

  • Elevação dos juros: O patamar elevado da taxa básica de juros impacta diretamente os investimentos e o consumo.
  • Desaceleração da economia: O desempenho do PIB no quarto trimestre de 2024 mostrou uma perda de ritmo, afetando a tendência de crescimento.
  • Cenário externo desfavorável: As condições econômicas internacionais continuam influenciando a atividade produtiva no Brasil.

Apesar desse ajuste na projeção, a SPE destaca que a expectativa de crescimento do setor agropecuário permanece otimista, impulsionada por boas perspectivas para a safra de 2025.

A previsão de crescimento para 2025 foi revisada de forma diferente para os principais setores da economia:

Indústria

A estimativa para o crescimento da indústria caiu de 2,5% para 2,2%. Esse recuo é atribuído à desaceleração da indústria de transformação e da construção civil. No entanto, a expectativa é que a indústria extrativa tenha uma recuperação, especialmente devido à entrada em operação de novas plataformas de petróleo.

Serviços

O setor de serviços, que representa a maior parcela do PIB, também teve sua previsão de crescimento reduzida, de 2,1% para 1,9%. Segundo a SPE, isso ocorre devido ao ritmo menor na criação de empregos e à redução da concessão de crédito em meio às taxas de juros elevadas.

Agropecuária

A projeção para o setor agropecuário foi mantida em 6%, refletindo o otimismo com a safra de 2025 e dados preliminares do abate de bovinos no final de 2024. A melhora nas condições climáticas também contribui para essa estimativa positiva.

Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Setor de serviços cresce 3,1% em 2024 e completa quatro anos de alta consecutiva

- Foto: Reprodução/Divulgação/Agência Brasil

O setor de serviços no Brasil encerrou 2024 com um crescimento acumulado de 3,1%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão, um feito inédito desde o início da série histórica em 2012. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pela Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2021 e 2024, o setor acumulou uma alta de 27,4%.

Desempenho dos setores

Dos cinco segmentos analisados, quatro apresentaram crescimento em 2024:

  • Serviços de informação e comunicação: alta de 6,2%.
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: crescimento de 6,2%;
  • Serviços prestados às famílias: avanço de 4,4%;
  • Outros serviços: aumento de 1,1%.

O único setor a apresentar retração foi o de transportes, com uma queda de 0,7%. De acordo com Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE, o resultado negativo foi influenciado pela redução na receita do transporte rodoviário de cargas, afetado pela menor safra colhida no ano.

No último mês de 2024, o volume de serviços no Brasil recuou 0,5%, acumulando uma perda de 1,9% nos dois últimos meses do ano. A retração ocorre após o recorde registrado em outubro, o que elevou a base de comparação.

Na transição de novembro para dezembro, três das cinco categorias apresentaram queda:

  • Outros serviços: -4,2%, impactados pelo desempenho negativo dos serviços financeiros auxiliares;
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,7%;
  • Atividades de informação e comunicação: -0,7%.

Por outro lado, os serviços prestados às famílias cresceram 0,8%, acumulando uma expansão de 7,8% entre maio e dezembro. O setor de transportes também apresentou uma leve recuperação de 0,1%, após uma queda significativa de 3,5% em novembro.

Apesar da queda mensal em dezembro, o setor de serviços terminou 2024 em um patamar 15,6% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020. No entanto, ainda se encontra 1,9% abaixo do pico histórico registrado em outubro do mesmo ano.

Para 2025, especialistas apontam que o desempenho do setor dependerá do comportamento da economia brasileira, da inflação e do consumo das famílias. O mercado segue atento a novos dados que possam indicar a continuidade do crescimento.

Fonte: Click83 com informações da Agência Brasil

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Retiradas da poupança superam depósitos em janeiro e apontam tendência de desaceleração no setor

- Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

As retiradas da poupança ultrapassaram os depósitos em R$ 26,226 bilhões em janeiro de 2025, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (7). No período, os brasileiros depositaram R$ 326,883 bilhões e sacaram R$ 353,109 bilhões, refletindo uma tendência de desaceleração na captação líquida da caderneta.

Este é o segundo ano consecutivo em que o mês de janeiro registra saldo negativo. Em janeiro de 2024, a diferença entre saques e depósitos foi de R$ 20,148 bilhões. No entanto, o ano de 2024 terminou com um saldo positivo de R$ 15,44 bilhões, indicando que o comportamento dos investidores pode variar ao longo do ano.

Apesar da captação negativa, a poupança rendeu R$ 5,950 bilhões em janeiro, mantendo o saldo total em R$ 1,011 trilhão. O desempenho dos rendimentos contribuiu para mitigar parcialmente as perdas provocadas pelos saques excessivos.

Os recursos aplicados da caderneta de poupança em crédito imobiliário também apresentaram uma queda significativa. Foram registrados depósitos de R$ 281,980 bilhões e saques de R$ 302,284 bilhões. No crédito rural, os depósitos somaram R$ 44,902 bilhões, enquanto as retiradas alcançaram R$ 50,824 bilhões.

O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) apresentou captação líquida negativa de R$ 20,304 bilhões, enquanto o crédito rural teve um saldo negativo de R$ 5,921 bilhões. A poupança SBPE rendeu R$ 4,318 bilhões, e a poupança rural, R$ 1,631 bilhão.

O aumento nas retiradas pode estar relacionado a uma busca por investimentos mais rentáveis, diante de alternativas que oferecem maior retorno do que a poupança tradicional. Especialistas apontam que a taxa de juros e a inflação são fatores determinantes nesse comportamento.

Embora o início do ano tenha sido marcado por uma captação negativa, o histórico de recuperação ao longo do ano sugere que o cenário pode mudar nos próximos meses. O desempenho da economia, políticas monetárias e a confiança dos investidores serão fundamentais para determinar essa trajetória.

Com informações da Agência Brasil