![]() |
- Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo |
As retiradas da poupança ultrapassaram os depósitos em R$ 26,226 bilhões em janeiro de 2025, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (7). No período, os brasileiros depositaram R$ 326,883 bilhões e sacaram R$ 353,109 bilhões, refletindo uma tendência de desaceleração na captação líquida da caderneta.
Este é o segundo ano consecutivo em que o mês de janeiro registra saldo negativo. Em janeiro de 2024, a diferença entre saques e depósitos foi de R$ 20,148 bilhões. No entanto, o ano de 2024 terminou com um saldo positivo de R$ 15,44 bilhões, indicando que o comportamento dos investidores pode variar ao longo do ano.
Apesar da captação negativa, a poupança rendeu R$ 5,950 bilhões em janeiro, mantendo o saldo total em R$ 1,011 trilhão. O desempenho dos rendimentos contribuiu para mitigar parcialmente as perdas provocadas pelos saques excessivos.
Os recursos aplicados da caderneta de poupança em crédito imobiliário também apresentaram uma queda significativa. Foram registrados depósitos de R$ 281,980 bilhões e saques de R$ 302,284 bilhões. No crédito rural, os depósitos somaram R$ 44,902 bilhões, enquanto as retiradas alcançaram R$ 50,824 bilhões.
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) apresentou captação líquida negativa de R$ 20,304 bilhões, enquanto o crédito rural teve um saldo negativo de R$ 5,921 bilhões. A poupança SBPE rendeu R$ 4,318 bilhões, e a poupança rural, R$ 1,631 bilhão.
O aumento nas retiradas pode estar relacionado a uma busca por investimentos mais rentáveis, diante de alternativas que oferecem maior retorno do que a poupança tradicional. Especialistas apontam que a taxa de juros e a inflação são fatores determinantes nesse comportamento.
Embora o início do ano tenha sido marcado por uma captação negativa, o histórico de recuperação ao longo do ano sugere que o cenário pode mudar nos próximos meses. O desempenho da economia, políticas monetárias e a confiança dos investidores serão fundamentais para determinar essa trajetória.
Com informações da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário